Blog

Conversas com Richard Weingarten

por | maio 19, 2014 | 6 Comentários


Conversas com Richard Weingarten com usuários, familiares e trabalhadores de saúde mental:

RICHARD WEINGARTEN, uma das principais lideranças do movimento de usuários do Estados Unidos, está no Brasil para realizar encontros com usuários, familiares, trabalhadores e profissionais de saúde mental no Brasil, no período entre 05 de maio e 09 de junho deste ano de 2014.

Além das suas qualidades pessoais e como ativista em seu país, Richard viveu no Brasil, conhece e gosta de cultura brasileira, e fala bem o português, possibilitando portanto um contato direto com usuários, familiares e trabalhadores brasileiros, sem os obstáculos da língua estrangeira.

QUEM É RICHARD WEINGARTEN?

É necessário fazer aqui uma apresentação mais detalhada de Richard. Ele esteve no Brasil entre 1968 e 1973, como trabalhador do ‘Corpo da Paz’ (‘Peace Corps’) ou da United Press International (UPI), como jornalista correspondente, e apaixonou-se pelo nosso país, por nossa gente e cultura. Entre 1974 e 1986, teve fortes crises mentais, com ataques severos de depressão e sintomas psicóticos. Foi internado cinco vezes. Uma boa medicação e o envolvimento com grupos de ajuda mútua em Cleveland, Ohio, em 1986-87, o ajudaram a sentir-se melhor consigo mesmo e estabeleceram a base para a sua recuperação, ao mesmo tempo que o iniciaram como ativista do movimento de usuários em seu país, que já vinha se organizando desde o início da década de 1970. A partir dos anos 1990, Richard vem exercendo várias funções como diretor de assuntos dos usuários em serviços públicos de saúde mental e em atividades acadêmicas, particularmente na Universidade de Yale, e é reconhecido como uma das principais lideranças do movimento nos Estados Unidos, mas também desenvolve atividades e é muito conhecido em vários outros países. Tem voltado regularmente ao Brasil, em iniciativas de intercâmbio com o Projeto Transversões (projeto integrado de pesquisa que eu, Eduardo Vasconcelos, coordeno na UFRJ) ou como convidado para eventos relacionados com a reforma psiquiátrica e com a política de saúde mental. Em 2001, publicou no Brasil, através do projeto Transversões e do Instituto Franco Basaglia, no Rio de Janeiro, a cartilha intitulada O movimento de usuários em saúde mental nos Estado Unidos: história, processos de ajuda e suporte mútuos e militância.

Encontros no Rio de Janeiro:

1) Uma nova visão da saúde mental para famílias

Dia 23/05, sexta-feira, de 9 às 12h, no Instituto Philippe Pinel, Av. Venceslau Brás 65, Botafogo – Auditório A (3.o andar)

Encontro aberto para todos os interessados, mas dirigido principalmente para os familiares. Esta conversa vai abordar uma nova visão da saúde mental que emergiu nos Estados Unidos (EUA). Esta visão não culpa a família pelos problemas de saúde mental da pessoa. Ela reconhece a grande crise que as famílias vivenciam quando um de seus membros tem um transtorno mental. Ela discute o que as pessoas com transtorno querem em suas vidas e o que elas precisam, que não se reduz apenas a terapia e medicação. Esta conversa então vai discutir o papel da família neste novo modelo de tratamento que nós nos EUA chamamos de recuperação (ou restabelecimento), e também como as famílias americanas estão apoiando este novo paradigma da recuperação.

2) O suporte pelos próprios usuários e familiares: uma visão revolucionária para o futuro

Dia 23/05, sexta-feira, de 14 às 17h, no Instituto Pinel, auditório A (3.o andar).

Encontro aberto para todos os interessados, mas dirigido principalmente para os usuários

Compartilhe:

6 Comentários

  1. Cristina Passos

    como posso ter acesso às discussões desses encontros? serão gravados?

    atenciosamente,
    Cristina Passos

    Responder
  2. Edmere Pinto Quitete

    Obrigada! Ótima oportunidade para aprender mais. Pretendo comparecer.

    Responder
  3. maria

    tenho três filhos com transtornos mentais incluindo um com esquizofrenia refratária,acabo de perder um tio por suicídio ele também tinha transtorno..tenho muitas dificuldades em ajudar meus filhos na recuperação e tratamento sinto desejo de criar uma associação para poder me ajudar e ajudar outros pais e familiares que conheço e até quem não conheço aqui da minha localidade gostaria de saber se pode me ajudar com algumas orientações.meu desejo é de estar mais informada sobre melhores tratamentos e direitos que essas pessoas tem e poder ajuda-las a tomar uma direção .serei muito grata pela ajuda. aguardo resposta.

    Responder
  4. Dirk

    “usuários” de quê?

    Responder
  5. eloisa bueno ferr ferr

    Meu filho ,m8nha razão de viver,maldita doença chamada esquizofrenia, e toc ,distroi a vida das pessoas,o pior da. Própria pessoa que adquiria. Parece que acabou a pessoa não estuda ,não trabalha,a verdade os remédios tira a motivação ,só come engordam,não querem ir participar das terapias do caps,que acho muito fracas…..meu filho se bate no sofá ,fica balançando como se ti esse altismo…….e desesperador,fico penso no futuro dele,como será,ele não se profiobalizou não tem profissão,somos sozinhos,como será? O que faço,como prepara li par um futuro sem mim,se poder me aconselhar ,e orientar me…..como ajuda lo? Obg

    Responder
    • Editor do Portal

      Eloisa, a esperança é um ingrediente fundamental para a recuperação dos pacientes e, embora a situação pareça não ter solução ou perspectivas, precisamos buscar apoio nos tratamentos e nas famílias para vencermos as dificuldades. Nossa sugestão é você procurar um grupo de apoio na sua região para atravessar esses tempos difíceis.

      Responder

Deixe uma resposta para Cristina Passos Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Arquivo

Leia o livro

Que tal receber nosso conteúdo por e-mail?
Assine a nossa newsletter!