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Entrevista com Dr. Leonardo Palmeira sobre a segunda edição do livro ‘Entendendo a Esquizofrenia’.

por | ago 23, 2013 | 19 Comentários


Foi lançado na Bienal do Livro deste ano (2013), pela Editora Interciência, a segunda edição do livro “Entendendo a Esquizofrenia: como a família pode ajudar no tratamento?”, autoria do psiquiatra Leonardo Palmeira junto com a psicóloga Maria Thereza Geraldes e a psicopedagoga Ana Beatriz Bezerra.

Para saber mais sobre esta segunda edição, o Portal Entendendo a Esquizofrenia conversou com o Dr. Leonardo Palmeira.

Portal: Quais as novidades desta segunda edição?

Dr. Leonardo: Esta edição traz várias novidades, não se trata simplesmente de uma reimpressão da primeira, são mais de 100 páginas de conteúdo novo. Escrevemos um capítulo novo que aborda com mais detalhe o tema da recuperação, trazendo a experiência de pessoas que conseguiram superar suas dificuldades e seus limites, levando hoje uma vida normal, trabalhando, estudando, sentindo-se produtivo, amando e sendo amado em seus relacionamentos, enfim, com qualidade de vida e mais fora do que dentro do território da doença. Por isso privilegiamos nesta edição o relato das experiências pessoais, através de novos depoimentos dos pacientes e dos familiares e de debates realizados por eles no fórum da comunidade virtual do site Entendendo a Esquizofrenia, além de novos artigos sobre temas como trabalho, psicoterapia, drogas, prevenção de recaídas e tratamento farmacológico para pacientes graves. Este conteúdo está todo distribuído nos capítulos do livro, de acordo com a relação de cada um dos temas. Esses assuntos são cruciais quando pensamos em recuperação pra valer, não apenas redução dos sintomas, mas a retomada da vida, do prazer, da autoconfiança, da autodeterminação e do bem-estar.

Portal: Muita gente pensa que a esquizofrenia é uma sentença, uma doença que sela a vida de quem dela sofre, para uma vida infeliz, sem autonomia, sem qualidade de vida. Isso não compromete a recuperação?

Dr. Leonardo: Este é um ponto importante que na nossa visão agrava o estigma que a pessoa tem da esquizofrenia e que, por consequência, passa a ser de si própria. Se você é diagnosticado com Diabetes e sua concepção da doença é daqueles pacientes que evoluem com insuficiência renal, cegueira e amputação da perna, qual será o seu sentimento? Qual será o seu investimento no tratamento e sua esperança de levar uma vida normal? Agora se te passam que esta doença pode ser controlada, tratada e que com o tratamento essas complicações são raras, sua atitude passa a ser diferente.

Com a esquizofrenia não é diferente, o problema é que, quando falamos de doença mental, o estigma já é naturalmente maior, as pessoas tendem a pensar que a doença mental representa um perigo ao próximo, que a pessoa pode se tornar violenta e coisas do tipo. Agora, coloque-se no lugar de alguém que sofre de esquizofrenia, que já tem essa imagem pré-concebida da doença. Ela vai se sentir à vontade para se socializar, ela vai aceitar o tratamento, ela vai ter esperança e força de vontade para buscar sua recuperação? Será muito difícil, não só para ela, como para sua família, que normalmente não pensa de forma diferente.

E digo mais, se não houver uma mudança de pensamento em relação à esquizofrenia, até mesmo os médicos e profissionais de saúde correm o risco de não investir tudo na recuperação, por acreditar que a esquizofrenia é assim mesmo, uma doença crônica, degenerativa, que evolui para a conificação. Se você pensar assim, tomar um remédio melhor, mais eficaz, fazer psicoterapia, terapia ocupacional, reabilitação cognitiva, etc, passa a não ser tão importante e você tende a aceitar mais a doença do que a possibilidade de recuperação. Trabalhamos muito isso no livro, acreditamos ser necessário na esquizofrenia quebrar paradigmas, rever conceitos antigos, de uma época em que sequer existiam tratamentos e a doença evoluía sem nenhum tipo de intervenção. Até parece que neste aspecto estamos há um século atrás…

Hoje existem medicamentos eficazes, bem tolerados, capazes de ajudar muito na recuperação do paciente a ponto dele voltar a estudar e trabalhar. E porque a imagem daquelas pessoas andando feito um robô, dopadas, nos corredores dos manicômios não saem de nossas mentes? Por isso precisamos mostrar exemplos de pessoas que se recuperaram, para acabar de vez com essa imagem, que não reflete a realidade de hoje e da maioria que sofre de esquizofrenia e não condiz com os recursos que temos para seu tratamento. No livro trazemos vários textos escritos por pacientes e seus familiares, apresentando uma outra forma de ver a doença, que acreditamos ser mais humana, que traz mais esperança e possibilita o empoderamento, ou seja, a recuperação da força que existe dentro de cada um e que é capaz de transformar a realidade.

Portal: O que mudou entre 2009, quando você lançou a primeira edição do Entendendo a Esquizofrenia, e 2013 com a segunda edição?

Dr. Leonardo: A nossa experiência sempre foi com familiares de pessoas com esquizofrenia. Em 2009 fui ao Congresso Mundial da Sociedade de Pesquisa em Esquizofrenia e conversei com psiquiatras da Inglaterra, Austrália, Alemanha, EUA e eles desenvolviam o mesmo trabalho, só que incluíam os pacientes nos grupos de família e dava super certo. McFarlane, um dos pesquisadores no qual mais nos inspiramos, me disse que era mais difícil separar do que juntar. Quando começamos a desenvolver nosso trabalho no Instituto de Psiquiatria da UFRJ, decidimos que os pacientes iriam participar dos grupos junto com seus familiares. Tem sido uma experiência incrível e isso tem estimulado o debate de ideias mais elaboradas, como sobre a recuperação pessoal de quem sofre com a doença. Os familiares elaboraram, depois de um ano em terapia, uma lista com as principais estratégias de recuperação para o familiar e os pacientes fizeram o mesmo para o paciente e nós decidimos publicá-las nesta segunda edição.

Em termos de tratamento tivemos neste período o lançamento de dois novos antipsicóticos de segunda geração: um injetável e de longa ação, que para mim foi um dos maiores avanços da ultima década, pois ele se alinha perfeitamente conceito de recuperação pessoal – é hoje a melhor alternativa para os pacientes que não aderem ao tratamento com medicação oral e sabemos que sem antipsicótico, não existe recuperação da esquizofrenia! O palmitato de paliperidona é uma medicação injetável para ser tomada uma vez por mês, com excelente tolerabilidade e que garante níveis regulares da medicação na corrente sanguínea. O outro antipsicótico novo é a asenapina, comprimido sublingual, que é mais uma boa opção dentre os antipsicóticos orais de segunda geração.

Em relação a tratamentos complementares, vêm se consolidando a reabilitação cognitiva, intervenções de suporte ao trabalho, o treinamento metacognitivo e a psicoterapia cognitivo comportamental, que também exploramos melhor nesta segunda edição.

Falando de estimulação cerebral, além do ECT (eletroconvulsoterapia), que ainda é útil em muitos casos graves, é crescente a experiência, inclusive no Brasil, com a Estimulação Magnética Transcraniana (EMTr) para pacientes com alucinações que não melhoram completamente com a medicação.

Portal: Como você imagina o tratamento da esquizofrenia no futuro?

Dr. Leonardo: Primeiramente é bom frisar que o cenário que temos hoje não é tão desolador quanto muitos imaginam, o problema é que os recursos não são aplicados como deveriam. Um exemplo: muitos pacientes demoram muito para iniciar o tratamento, geralmente por recusa própria, e as famílias não sabem como proceder e acabam adotando uma atitude mais passiva, esperam o paciente decidir. O problema é que essa conscientização demora muitos anos ou pode até não ocorrer. É bom lembrar que a falta de consciência é muitas vezes um sintoma da própria doença e para melhorá-la é necessário iniciar logo o tratamento médico. Muitos pacientes só realizam a doença quando melhoram dos sintomas com a medicação. Portanto, de nada adianta ter medicações mais avançadas, se existe a demora em iniciá-las. Este é um dos fatores mais impactantes na recuperação: pacientes que demoram mais a iniciar o tratamento, têm um curso mais grave e menores chances de se recuperarem. Por isso a preocupação com o início e a adesão ao tratamento: o paciente toma a medicação direito ou existem falhas? Isso compromete a recuperação na medida em que expõe o paciente a recaídas e quanto mais crises, mais distante da recuperação esperada.

Essa preocupação com o início e a manutenção do tratamento medicamentoso deve ser o ponto de partida, principalmente nos casos com menos de 5 anos de doença, justamente o período de maior benefício do tratamento. E pacientes que aderem mal à medicação, também aderem mal aos tratamentos complementares, como psicoterapia e terapia ocupacional, tendem a ser mais isolados socialmente e a ter mais sintomas negativos.

Aí você pode perguntar, o que é mais determinante nos casos graves, a biologia da própria doença ou os fatores ambientais, como estresse, ausência de tratamento, falta de estímulo, etc. Eu tendo a achar que seja mais pelo ambiente, pois os pacientes mais graves são aqueles que demoraram mais para iniciar o tratamento ou não tomam medicação corretamente, tem um ambiente com maior sobrecarga familiar, como famílias com maior nível de emoção-expressada, se envolvem menos nas atividades. E é óbvio que esses fatores são incorporados à biologia, com pacientes que precisam de doses maiores de medicação para ficar bem, ou seja, para suportar as pressões ambientais. Muita gente deposita muita esperança nos tratamentos biológicos, eu também os acho fundamentais, mas não podemos esquecer dos tratamentos psicossociais, por isso levanto a bandeira de que a esquizofrenia precisa ser tratada com pelo menos três tipos diferentes de intervenção: a farmacológica, a psicoterapia, seja individual ou em grupo, como ocorre nos hospitais-dias e terapias ocupacionais, e a psicoeducação de família, através da informação sobre a doença e grupos de auto-ajuda com outras famílias. Sem esse “pacote”, a recuperação fica mais distante. E o maior problema é que a grande maioria dos pacientes só toma remédio, isso quando toma direitinho. Este cenário é perturbador e na minha opinião é o principal limitante, então não adianta ficarmos sonhando com tratamentos mais eficazes, se não fazemos o dever de casa.

A primeira coisa deve ser uma mudança de atitude de todos, profissionais, pacientes e familiares, neste sentido, garantir o “pacote” de tratamento o quanto antes. Por isso eu acho que o antipsicótico injetável de longa ação, principalmente o de segunda geração, que é melhor tolerado, é um recurso importante que apóia este percurso em direção à recuperação pessoal. Garantir níveis constantes de antipsicóticos na corrente sanguínea é importantíssimo, tanto para evitar os efeitos tóxicos da psicose no cérebro, como para apoiar e aumentar a adesão aos outros tratamentos complementares.

Agora, falando de futuro, eu acho que um dos caminhos será aumentar a disponibilidade de antipsicóticos de longa ação, sejam injetáveis (mensais, a cada 3 meses,…), implantes ou adesivos, ou seja, não depositar todas as fichas na medicação oral e achar que o paciente vai tomar direito ou a família, já sobrecarregada, vai assumir esta responsabilidade sozinha. Ao menos no início da esquizofrenia, até que o paciente se conscientize do problema, através da psicoterapia e da psicoeducação, a medicação injetável de longa ação deve ser considerada. Depois ele pode passar para a oral e seguir em sua recuperação.

Outro estímulo, que deverá ser realidade nos próximos anos, são medicações para tratamento dos sintomas negativos e cognitivos. Algumas moléculas já estão em fase avançada de estudo e possibilitarão a melhora de sintomas que os antipsicóticos atuais não conseguem tratar com afinco. Então o paciente poderá no futuro se beneficiar do tratamento combinado de um antipsicótico com uma medicação para melhorar sua iniciativa e sua memória, por exemplo.

E acho que tudo isso precisa ser acompanhado de tratamentos psicossociais cada vez mais adequados às expectativas e necessidades dos pacientes, mais tratamentos “par-a-par”, ou seja, pacientes recuperados estimulando aqueles que estão se recuperando, mais “família-a-família”, aumentando a rede de suporte social para essas pessoas, o que faz toda a diferença.

Nós ficamos muito felizes quando um dos grupos de família do IPUB saiu da instituição para se reunir de forma independente numa igreja no bairro da Tijuca. É o primeiro grupo comunitário de familiares e pacientes com transtorno mental grave na cidade do Rio de Janeiro, onde um familiar e um paciente são os coordenadores. Essa troca é fundamental, principalmente para as famílias que estão começando sua caminhada, e ter grupos na comunidade que possam apoiá-las, disseminar informação e esperança, é um grande avanço. Queremos ajudar a formar mais grupos como este!

Portal: Todo esse entendimento e os recursos que você cita não parecem uma realidade distante quando se fala do atendimento no SUS?

Dr. Leonardo: Depende. Os serviços são muito heterogêneos, tenho conhecimento de centros que oferecem um atendimento de qualidade, utilizam antipsicóticos de segunda geração, oferecem psicoeducação de família, reabilitação cognitiva, suporte ao trabalho, psicoterapia, enquanto outros que não passam do Haldol e do centro de convivência. Alguns centros ligados à Universidade parecem bem antenados com os conceitos de recuperação pessoal e tem participação crescente dos pacientes, enquanto nos CAPS de uma forma geral a coisa anda mais devagar. Em parte porque os CAPS estão sobrecarregados e não conseguem absorver a demanda e/ou porque a equipe é pequena, muitos não tem sequer psiquiatras. Existe também uma grande carência de CAPS nas grandes cidades e há cidades menores que sequer têm um. Portanto, é preciso aumentar o número de CAPS e investir mais na equipe de tratamento e no seu treinamento.

O acesso aos antipsicóticos de segunda geração melhorou muito com a Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, mas acho que poderia ser menos burocrático e alguns antipsicóticos já poderiam ter sido transferidos para a grade padronizada de medicamentos do SUS, como a risperidona e a olanzapina, que já contam com vários genéricos e similares com um custo reduzido. Isso facilitaria e ampliaria ainda mais o acesso para outros pacientes que ainda utilizam antipsicóticos de primeira geração.

Uma lacuna, na minha opinião, é a usência de um antipsicótico de longa ação de segunda geração, que sequer existe na Assistência Farmacêutica. Hoje um paciente do SUS que não adere ao tratamento oral só tem a opção do Haldol Decanoato, que é de difícil tolerabilidade. Se ele não tolerar, fica sem opção. Acho imprescindível que haja ao menos uma opção de segunda geração.

Mas o que acho que falta mais é a participação ativa dos familiares e pacientes na elaboração dos serviços, para que cada vez mais eles se adequem às demandas de seus usuários. E isso só é possível com familiares e pacientes mais informados, que possam cobrar melhor dos serviços a qualidade e os recursos que porventura ainda não sejam contemplados. Ocupar espaço nos conselhos de saúde, onde temas são debatidos entre governo e sociedade, é fundamental.

E continuo insistindo: num país do tamanho do Brasil precisamos de iniciativas par-a-par, ou seja, grupos de pacientes e familiares coordenados por eles e para eles. Não dá para esperar que o governo supra tudo sozinho Esse é o nosso maior desafio.

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19 Comentários

  1. ILDA

    Boa noite Dr Leonardo Palmeira!

    Antes de mais nada parabéns pelo seu trabalho. Sou enfermeira especialista em saude mental e psiquitria e trablaho na ilha da madeira – portugal.
    Gostaria de saber qual a sua opinião e / ou se tem alguma documentação sobre trabalho em grupo com pessoas com doença mental e seus familiares/cuidadores. Outra questão: o seu livro entendendo a esquizofrenia está a venda em portugal? como aceder a esse livro?

    Muito obrigada
    Ilda

    PS: MAIL: ilda1405@gmail.com

    Responder
  2. Lia Mara

    20/11/2013.

    Boa Noite Dr. Leonardo Palmeira!

    Quero lhe parabenizar por esta reportagem tão rica em conhecimento e informações.
    Sou mãe de uma moça de 24 anos que desde os 16 enfrenta essa doença. Ela faz acompanhamento pelo hospital da Marinha, mas durante todo esse tempo só vai lá para pegar receita médica do risperidona e nada mais. Gostaria muito de fazer parte desse grupo citado de pacientes e familiares com minha filha no Instituto de Psiquiatria da UFRJ, isso é possível? Sou moradora aqui do RJ, estou esperançosa de que minha amada possa ter uma qualidade de vida melhor, e quem sabe conseguir a cura como tantos outros. Deus te abençõe!
    Aguardo sua resposta.

    Muito obrigada! Lia Mara

    Um abraço! Lia Mara

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    • Editor do Portal

      Lia, claro, inscreva-se pelo telefone 2439-4269. Proxima turma deve ser no ano que vem por volta de abril ou maio. Um abraço!

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  3. Francineide

    Olá,tudo bem Dr. Leonardo Palmeira.
    Me interessei bastante por essa reportagem e por esse tema esquizofrenia…
    Pois tenho um parente que esta passando por esse problema…
    Na verdade é minha tia, convivo com ela.. Mais nao sei como agir muitas vezes, e minha família também nao sabe. Peço mais esclarecimentos para pode-la ajudá-la.
    Desde já agradeço muito!’
    Francineide Cunha Souza. Fortaleza Ceará.

    Responder
    • Editor do Portal

      Francineide, sugiro que estude bastante a respeito, existem livros que podem lhe ajudar a abrir a mente e encontrar saídas para sua tia. Eu acho que procurar um psiquiatra para conversar e construir um plano de ação geralmente é útil, assim como grupos de auto-ajuda, como os que existem em alguns centros. Em Fortaleza, sugiro você procurar a UFC e o Hospital de Messejana, eles devem ter algum tipo de orientação para a família. Um abraço!

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  4. Joelma A. Santana de Souza

    Dr. Leonardo li seu artigo, sou professora de apoio de um aluno no 1º ano do ensino médio, ele não foi estimulado na aprendizagem ao longo de sua vida escolar. Meu aluno dorme o tempo todo, eu fico a todo momento tentando fazer com que ele fique acordado, mais é muito difícil, sua mãe me disse que em casa ele dorme todo o tempo, preciso muito de ajuda. Não quero vê-lo passar a vida sem ter a oportunidade de vivê-la.

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  5. juliana

    oi Dr. Leonardo Palmeira, li seu depoimento, vi seu vídeo no Jô soares, e estou querendo comprar seu livro para ajudar a minha família e a mim que estamos vivenciando essa enfermidade com nosso parente que vem se tratando desde de 2009. Peço que me aconselhe por gentileza qual edição comprar? confesso que só consigo encontrar nos sites a 2ª edição. Estamos muito aflitos porque conforme o Dr. mesmo explica a uma resistência em tomar os remédios e mais pelos efeitos colaterais que o mesmo que encontra-se com essa doença diz sentir; e o mais estranho que o próprio pede ajuda para ser internado pois tem medo de suas reações na hora da crise que vem a ser uma raiva descontrolável a ponto de quebrar tudo. Dr. acredito também que precisamos de um profissional mais qualificado numa visão ampla e atual de todos os recurso que possam nos ajudar como família e paciente, entende. Apesar do último psiquiatra ter dito que nosso ente já tomou todos os medicamentos que trata essa enfermidade e que já não sabia mais o que fazer, acredito que esse profissional não está nem apto para continuar “diagnosticando e/ou tratando meu parente”…. vendo sua reportagem e com a gama que temos na medicina em termo de tecnologia e avanços peço ao Dr. que me indique seu consultório caso seja no RJ e/ou alguém de sua inteira confiabilidade nesse ramo para que possamos leva-lo, compreende?

    att,

    Juliana

    Responder
    • Editor do Portal

      Juliana, a segunda edição é completa, ou seja, inclui toda a primeira edição e mais 100 páginas de conteúdo inédito, como o primeiro capítulo sobre recuperação e a participação ativa dos pacientes. A primeira edição esgotou, por isso lançamos a segunda. Quanto à indicação de médicos, como este site é institucional, não indicamos através dele nenhum profissional específico, somente serviços. A relação você encontra na parte de Atendimento. Um abraço!

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  6. sandra Souza dos santos

    Dr.Leonardo Parabéns pelo seu livro e seu trabalho. Estou lhe escrevendo pra o senhor tirar uma dúvida, recentemente meu irmão teve 3 diagnósticos diferentes como transtorno bipolar afetivo, surto psicotico por estresse traumático e por último por esquizofrenia minha dúvida é: o medico receitou o uso da olazampina 10mg e por ele n tomar corretamente via oral…o invega sustenna. Só que no inveja ele tomou 150mg e com uma semana tomou o de 100mg e com 4 semanas que completou ontem o invega de 75mg que ainda n foi aplicado. Porém ainda continua com a mente embaralhada, confusa e não tem quadro evolutivo a um mês, conversei com ele se poderia ser a olazampina que não podia estar respondendo, então acrescentou o risperidona 3 mg aí eu pergunto ao senhor esse excesso de medicacao estar correto? Esta olazampina será que ela que não esrar respondendo? Pois no primeiro surto em 2012 fez uso do risperidona por 2 anos e o psiquiatra fez o desmame ate que retirou por achar que era surto por estresse aí dois meses depois voltou a surtar e desde de então trocamos de psiquiatra e houve essa divergência de diagnósticos por este psiquiatra e ele não foi mais o mesmo…queria muito uma luz, que o senhor me tirasse essa dúvida. Deus o abençoe! !

    Responder
    • Editor do Portal

      Sandra, desculpe, mas não tenho como responder à sua dúvida, somente o médico dele pode esclarecer isso. O que posso lhe dizer é que o Invega Sustenna é um excelente medicamento antipsicótico, bastante eficaz, mas é preciso chegar na dose certa e pode ser necessário associar outro antipsicótico oral até que o paciente se estabilize ou se alcance a dose ideal da injeção. Um abraço e boa sorte!

      Responder
  7. REGIANA Pires

    Bom, muito interessante o que se diz referente a tratamentos psiquiátricos em nosso país. Porém para as pessoas pobres nos resta os CAPS da vida, que infelizmente funciona muito pouco. Em minha cidade tem um CAPS onde tem um médico psiquiatra, um assistente social, uma enfermeira e uma psicologa.
    Parabéns à reforma psiquiátrica através da Lei. 10.216, que tem fechado hospitais psiquiátricos e atribui a difícil tarefa de cuidar de uma pessoa com problemas mentais à família.
    Parabéns, a esta reforma através da lei citada acima, onde diz que um doente mental tem direito ao melhor tratamento, sendo respeitado, que tipo de tratamento, ir ao médico e darem um monte de remédios para dopar a pessoa, sem muitas vezes nenhuma explicação do médico, eu não culpo ele não, culpo um sistema totalmente falido em nosso país que o nosso SISTEMA DE SAÚDE, seja para pessoas normais ou não. PAREM DE HIPOCRISIA, PAREM DE ACHAR QUE AS PESSOAS SÃO TOLAS, QUEREM ENGANAR A QUEM?
    Tenho um irmão de 49 anos, teve um parto prematuro , nasceu de sete meses, seu diagnóstico a vida toda foi de retardo mental, e agora com esquizofrenia.
    Eu cuidava dele e de minha mãe , briguei para poder conseguir um benefício para ele, mas não consegui por causa da pensão da minha mãe, há cerca de um mês minha mãe faleceu, e eu tenho que trabalhar porque não tenho ajuda de nenhum familiar, nem financeira e nem de outra forma, eu tenho que fazer tudo, tudo sozinha, e cuidar do meu irmão que é totalmente dependente, faz uso de fraldas, tem que dar banho, tem que dar a comida, muitas vezes na boca, fica agressivo, e tudo o que o médico me diz que ele está em crise psicótico. E agora o que eu devo fazer sair do emprego, pegar meu irmão e ir para debaixo de uma ponte, é este respeito que se tem com uma pessoa incapaz como meu irmão.
    E nesse mundo existe milhoes e milhões de pessoas vivendo a mesma situação que eu,
    Então não venham me dizer que o que estão fazendo é o melhor para eles, e o governo tem sim toda a obrigação de ajudar, de sustentar, de auxiliar a família sim.
    Porque um preso que cometeu um delito, ou sei lá o que , a sua família tem direito a uma pensão, e meu irmão que é uma pessoa que precisa também, não tem direito,

    Responder
  8. Erica

    Dr. Leonardo, é possível diminuir a dosse do respiridona de 3mg para 1mg e a doença se estabilizar?

    Responder
    • Editor do Portal

      Erica, você precisa discutir isso com seu médico, ele é a melhor pessoa para avaliar isso. Não reduza a dose por conta própria. Um abraço!

      Responder
  9. Dirce Voltani

    Dr. boa tarde, meu filho de 14 anos teve um surto em 24/02 hospitalizado, medicado, e esta tomando Axonium (Olanzapina) 10g, ela apresenta um quadro de sonolência , muito apetite, e bem parado , nao se concentra em nada , desanimado, esse quadro fica por muito tempo? o remedio é absorvido e esses sintomas sao melhorados. Ele nao tem confusão mental nenhuma, mas fica sonolento e parado.

    Responder
    • Editor do Portal

      Dirce, você precisa conversar com o psiquiatra dele, pode ser efeito colateral do medicamento, problemas relacionados à dose ou até mesmo do quadro (p.ex. sintomas negativos). Um abraço!

      Responder
  10. lurdes

    Dr, gostaria de saber se antipsicoticos podem causar toc.Meu filho toma clozapina mas estou preocupada pois, andei lendo q esse remédio prejudica os glóbulos brancos…

    Responder
    • Editor do Portal

      Lurdes, alguns antipsicóticos podem agravar obsessões e compulsões, converse com o médico de seu filho. Em relação aos glóbulos brancos, é necessário monitoramento através de hemogramas periódicos, embora o risco de agranulocitose (redução dos glóbulos brancos) seja menor do que 1%.

      Responder
  11. alaide

    ola

    Responder

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