Prevenir recaídas é fundamental para o tratamento e para a estabilidade da esquizofrenia ao longo da vida. Como a doença traz prejuízos para a vida da pessoa, como trabalho, estudo, relacionamento e autonomia, uma recaída significa um retrocesso em todo processo de reabilitação da pessoa. Há pacientes que passam meses ou anos para se recuperarem e uma nova crise aumenta este período, quando não lhes tira parte do potencial para superar as dificuldades trazidas pela doença.
Dr. Thomaz Gazda, psiquiatra em Scottsdale, Arizona, afirmou em encontro do National Alliance on Mental Illness que os pacientes em recuperação entram num processo de crescentes objetivos pessoais e correm o risco de confundir este processo com a cura e relaxar no tratamento e na prevenção. “Há muito estresse na nossa sociedade. O estresse pode desencadear transtornos mentais ou recaídas em pessoas que já sofrem de doenças psiquiátricas como esquizofrenia, drogadição, transtornos de ansiedade e humor”, afirma. “Até coisas boas podem causar estresse, como um novo emprego ou a mudança para uma nova casa”, conclui.
Recaída significa a piora ou o reaparecimento dos sintomas, quando alguém próximo à pessoa nota características da doença que interferem no seu nível atual de funcionamento, causando algum grau de prejuízo na esfera social, incluindo trabalho, estudo e relacionamentos. A procura pelo médico nessa hora deve ser imediata. “A pessoa e a família precisam ser pró-ativas neste momento e não reativas. Não se deve esperar algum evento de maior gravidade para se tomar alguma atitude. O paciente precisa contar com outras pessoas para um suporte durante os momentos mais difíceis”, aconselha Dr. Gazda.
No caso da esquizofrenia, a família é de crucial importância na identificação dos sinais de recaída, pois o paciente pode não perceber ou não ter autocrítica suficiente para julgar que algo não vai bem e procurar o médico.
Abaixo algumas dicas para evitar recaídas:
1) Tenha um canal aberto com a equipe ou o médico que trata o paciente.
2) Conheça os fatores que desencadearam episódios passados.
3) Avalie o grau de estresse que determinadas situações sociais e familiares podem causar.
4) Fique atento aos sinais e sintomas que precedem uma crise. Sintomas que antecederam uma primeira crise servem de parâmetro, pois a maioria dos pacientes repete um padrão sintomático em crises posteriores.
5) Mantenha uma programação que forneça uma boa quantidade e qualidade de sono e faça avaliações periódicas do sono.
6) Reflita antecipadamente a respeito de situações que possam deflagrar recaídas, como um aniversário da morte de algum familiar ou outros eventos estressantes da vida, como um divórcio, por exemplo.
Sinais de que uma recaída possa estar acontecendo ou prestes a acontecer:
1) A pessoa interrompe os medicamentos.
2) A pessoa começa usar drogas e/ou álcool.
3) Aumenta o estresse do relacionamento com a família e amigos.
4) Situações de estresse surgem em casa ou no trabalho.
5) Problemas com o sono, geralmente insônia.
6) Redução do interesse em relação aos amigos e à família.
7) Descuido com a aparência e higiene.
8) Sentimentos de medo e preocupações com outras pessoas (relacionado a alguma fantasia, como de estar sendo espionado ou que pessoas tramam contra ele).
9) Percepções estranhas, como vozes ou visões (alucinações).
10) Humor mais irritadiço, comportamento mais arredio.
É tudo muito complicado…..meu irmão toma medicamento certinho ….. e este ano já foi internado 5x e em cada internação ficou em média 15 dias….e mesmo fora da clínica, em casa, ele não ficou 1 semana se quer sem ter um pequena crise….e essa semana ele teve uma forte, inclusive agrediu a nossa mãe (ela esta toda roxa) jã não sei o q fazer ….já mudamos os medicamentos e até já mudamos de médico….estamos no 4º médico em 4 anos de esquizofrenia….pois as crises não param….
Depois da surra que ele deu na nossa mãe, 3 dias depois, ele teve outra crise forte foi pra rua e começou a correr no meio dos carros e tacando pedra….além do perigo de quase ter sido atropelado…e tem os prejuízos materiais (pagar pintura, lanternagem, troca de para-brisas e ainda escutar os desaforos (com razão) dos motoristas……
Agora, hoje estou colocando uma grade no quarto dele é a solução que achei, afinal minha mãe fica sozinha com ele, pois saio para trabalhar….Mas isso está me deixando confuso, sera que isso é certo? No entanto não vejo outra forma, pois na crise ele sempre ataca a minha mãe e se tiver uma faca por perto (agora todas ficam escondidas) ele pega vai pra sima dela dizendo que vai mata-la.
Já fora da crise ele é um grude com a mãe…
Também é difícil explicar o pq da grade no quarto dele (prisão), pois as crises dele dura muito pouco tempo uns 15 minutos…e mesmo mostrando todo o estrago que ele faz,,,ele não acredita que foi ele, não se lembra do que fez….
A situação do seu irmão é preocupante pois normalmente os equizofrênicos não são tão agressivos; me parece que ele apresenta alguma comorbidade referente a transtonos globais do desenvolvimento. Os cuidados com sua mãe devem ser redobrados pois é perigoso e nenhuma mãe deve apanhar de filho. Não acho o ideal mudar de médico pois o que deve acontecer é a mudança do medicamento até que se torne adequado; quem deve fazer esse acompanhamento é o médico que já conhece o paciente. Na sua cidade deve ter atendimento dia nos CAPS, assim ele ficaria ocupado e sua mãe e você ficariam mais tranquilos.
Abraço e boa sorte!
Júlio passa seu email para trocarmos informações.o meu e karla.bello@hotmail.com
NOSSA EU TAMBEM TENHO UM IRMÃO COM A DOENÇA , POREM ELE NUNCA AGREDIU FISICAMENTE SO VERBALMENTE , O MAIS DIFICIL E QUE ELE NÃO ACEITA TOMAR MEDICAMENTOS. COMO FAZER PARA ELE ACEITAR A MEDICAÇÃO?
Olá, Bom dia!
Tenho uma irmã, hoje c/ 53 anos, que desde adolescente apresentava sinais de depressão, vergonha, ficava trancada no quarto por vários dias e consequentemente desenvolveu a esquizofrenia catatônica. Realmente é uma doença perversa, pois debilitada totalmente o paciente. No caso de minha irmã, quando ela está em crise, fica totalmente dependente de nós familiares, pois não se alimenta e nem toma banho, usando inclusive fraldas descartáveis. Atualmente ela está c/ 34 quilos, e não está reagindo a nenhum medicamento, só Deus na sua misericórdia, poderá livrá-la dessa doença.
Meu pai faz tratamento há quase 20 anos. E praticamente de 5 em 5 anos tem uma recaída e precisa ser internado. Não há medicamento que segure quando está em forte crise, apenas internação e eletrochoque.
Sempre usou Haldol e Akineton. Quando surge um stress, para de tomar o remédio por conta própria e começa toda a história.
Estou com um namorado e ele faz tratamento. Preciso de alguns conselhos! caso alguém que entenda do assunto se prontifique a me ajudar. Gosto muito dele e não qero que nenhum mal aconteça. tamirysmenezesf@gmail.com
Mulher grávida pode apanhar recaída???