A pandemia COVID-19 teve um grande impacto na saúde mental das pessoas. Alguns grupos, incluindo profissionais de saúde e outros trabalhadores da linha de frente, estudantes, pessoas que vivem sozinhas e aqueles com problemas de saúde mental pré-existentes, foram particularmente afetados. E os serviços para transtornos mentais, neurológicos e por uso de substâncias foram significativamente interrompidos.

No entanto, há motivos para otimismo. Durante a Assembleia Mundial da Saúde em maio de 2021, governos de todo o mundo reconheceram a necessidade de ampliar os serviços de saúde mental de qualidade em todos os níveis. E alguns países encontraram novas maneiras de fornecer cuidados de saúde mental às suas populações.

Durante a campanha do Dia Mundial da Saúde Mental deste ano, mostraremos os esforços feitos em alguns desses países e encorajá-lo a destacar histórias positivas como parte de suas próprias atividades, como uma inspiração para outras pessoas.

Também forneceremos novos materiais, em formatos de fácil leitura, sobre como cuidar de sua própria saúde mental e oferecer suporte a outras pessoas também. Esperamos que você os ache úteis.

Slogan da campanha:

Saúde mental para todos: vamos tornar isso uma realidade

Hashtag:

#WorldMentalHealthDay

O argumento da saúde

Quase um bilhão de pessoas têm transtorno mental e qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode ser afetada.

A depressão é a principal causa de deficiência em todo o mundo e é um dos principais contribuintes para a carga global de doenças. Globalmente, estima-se que 5% dos adultos sofrem de depressão.

Globalmente, um em cada sete crianças de 10 a 19 anos sofre de transtorno mental. Metade de todos esses distúrbios começam aos 14 anos, mas a maioria não é detectada e nem tratada.

Pessoas com transtornos mentais graves, como esquizofrenia, tendem a morrer 10-20 anos mais cedo do que a população em geral.

Uma em cada 100 mortes é por suicídio. É a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

A pandemia COVID-19 teve um impacto considerável na saúde mental das pessoas.

A lacuna de cuidado

Apesar da natureza universal e da magnitude da doença mental, a lacuna entre a demanda por serviços de saúde mental e a oferta permanece substancial.

Relativamente poucas pessoas em todo o mundo têm acesso a serviços de saúde mental de qualidade.

As graves lacunas que ainda existem na atenção à saúde mental são resultado do subinvestimento crônico de muitas décadas em promoção, prevenção e atenção à saúde mental.

O estigma, a discriminação e as violações dos direitos humanos de pessoas com problemas de saúde mental continuam generalizados.

O custo econômico

A perda de produtividade resultante da depressão e da ansiedade, dois dos transtornos mentais mais comuns, custa à economia global US$ 1 trilhão por ano.

O déficit de investimento

Em média, os países gastam apenas 2% de seus orçamentos nacionais de saúde em saúde mental. Isso mudou pouco nos últimos anos.

Apesar do aumento da assistência ao desenvolvimento para a saúde mental nos últimos anos, ela nunca excedeu 1% da assistência ao desenvolvimento para a saúde.

As boas notícias

Algumas das condições de saúde mental mais comuns, depressão e ansiedade, podem ser tratadas com terapias de fala, medicamentos ou uma combinação destes.

Para cada US$ 1 investido em tratamento intensivo para depressão e ansiedade, há um retorno de US$ 5.

Para cada US$ 1 investido em tratamento baseado em evidências para a dependência de drogas, há um retorno de até US$ 7 em custos reduzidos de crime e justiça criminal.

Profissionais de saúde generalistas podem ser treinados para diagnosticar e tratar problemas de saúde mental.

Os exames regulares de saúde de pessoas com transtornos mentais graves podem prevenir a morte prematura.

A qualidade de vida das pessoas que vivem com doenças como autismo e demência pode ser muito melhorada quando seus cuidadores recebem treinamento apropriado.

Os direitos das pessoas que vivem com problemas de saúde mental podem ser protegidos e promovidos por meio de legislação de saúde mental, políticas, desenvolvimento de serviços de saúde mental comunitários de qualidade e acessíveis e o envolvimento de pessoas com experiência de vida.

Fonte: OMS