Meu nome é Tiago, tenho 26 anos e moro no bairro de Piedade, no Rio de Janeiro.
Eu tenho esquizofrenia. Quero, através deste depoimento, compartilhar boa parte da experiência vivida por mim até hoje em prol da melhora e auxílio de outros pacientes.
Sempre soube que a vida não é tão simples e fácil quanto parece. Deparamo-nos com diversos obstáculos ao longo de nossa caminhada. Porém, temos que superá-los sempre. Essa é a lei da vida. Se você deixar o tempo ocioso e os problemas tomarem conta de você e da sua mente, a verdade é que você pode acabar indo para uma vereda ruim, desoladora, saindo do seu foco, do seu objetivo, de suas metas. E assim, a vida que era ou poderia ser mais simples, só pode ser resolvida por você mesmo. É! Você mesmo que está lendo o depoimento de mais um paciente que deseja, quer e vai vencer na vida. Aliás, já está vencendo. E minha intenção é também tentar ajudá-lo.
Eu tinha uma vida normal, como outro ser humano qualquer. Estudei em dois colégios particulares muito bons. Um ficava perto de minha casa e o outro ficava no bairro do Méier, bairro adjacente ao meu. Morávamos eu, minha mãe e minha avó. Mas se você pensa em um garoto mimado, está enganado. Enquanto minha mãe saía pra trabalhar pra colocar comida pra dentro de casa, minha avó cuidava de mim. E ela era linha dura à beça. Queria que eu fosse o melhor em tudo. Deu-me uma educação à altura. Inclusive devo tudo o que eu sou hoje a ela. Tenho o problema, que considero pequeno perto do que eu sou hoje. Porém com relação à integridade, esforço, desempenho, educação, responsabilidade, determinação, coragem, enfim, alguns elementos necessários para se obter uma vida digna e com um futuro brilhante à frente, eu dou graças principalmente à minha avó. Minha mãe eu amo demais também. Contudo, na época, quem contribuía mais com a minha educação era a minha avó.
Para não perdermos o foco do assunto e ligar as palavras-chave, eu estudava bastante. Sempre estudei. Sempre fui muito cobrado por ambas as “mães”. E eu era um dos melhores na escola. Não me gabo por isso. Claro que o reconhecimento eu vejo até hoje, por encontros e conversas com amigos de longa data, que estudaram comigo. E reconhecimento é sempre bom. Digo isso em todos os aspectos. A média era alta e eu não podia fazer feio, porque sabia que a minha mãe pagava pra mim colégios caros e com ensino de qualidade, que seriam a chave para o meu futuro. E eu fazia de tudo para tirar notas boas e me dedicar ao máximo, porque queria ganhar bons presentes que minha mãe me daria.
Eu me estimulava e tinha que fazer por onde. Só que eu me deixava levar muito pelo meu querido futsal. Como eu adorava jogar. Fui federado. Disputava a LIFSERJ (Liga Independente de Futsal do Estado do Rio de Janeiro). E fora as peladas na rua com os amigos. Eu jogava bem também. Cheguei no ápice algumas vezes, sendo convidado para jogar no Clube de Regatas do Flamengo e no Fluminense. Joguei no primeiro, saindo da escola às pressas e indo treinar na Gávea. Minha mãe e vó estavam toda bobas. Mas não fiquei porque eu tinha que ter um apadrinhamento de alguém lá dentro e a gente sabe como é a política de futebol. Não é diferente no futsal. Eu e mais dois amigos tínhamos sido convidados para jogar, mas não ficamos por causa disso. E foi no Fluminense a grande oportunidade que tive pra jogar o futebol de verdade. Só que eu rejeitei a proposta, que era muito boa, pra me dedicar aos estudos. Eu era muito correto com os meus estudos e não pensava em deixar de lado por um questão de lazer. Isso ocorrera comigo quando eu tinha 14 anos de idade. Foi a única coisa que eu me arrependi, já que meu sonho de menino era ser jogador de futebol. Hoje entendo que não era pra ser. Enfim, fui crescendo, amadurecendo. Passei apenas a jogar um futebolzinho com os amigos no final de semana.
Namorei. Conheci várias mulheres de várias idades e de muitos amores. Mas namorei pouco. Desmanchei relacionamentos, assim como elas o fizeram comigo também. Fiz judô, jiu-jitsu. Adorava praticar esportes. Ainda gosto, mas não os faço por falta de tempo. Eu gosto de onde há movimento. E de não ficar parado. Se pararmos, a nossa vida para, a dos outros segue e o tempo passa. Fiz um curso de inglês quando mais novo também, que durou 5 anos. Até aí tudo bem, nada de esquizofrenia.
Com 18 anos comecei a trabalhar numa empresa de telecomunicações, onde eu era operador de telemarketing e minha mãe havia me colocado lá, pois era uma das chefes. Depois arranjei um novo emprego, muito melhor, por sinal, onde eu ganhava mais e fui promovido duas vezes em pouco tempo. Era numa empresa que pagava direitos autorais ao cantores e intérpretes. Eu permaneci neste emprego por quase 3 anos. Conheci uma mulher especial, onde eu descobri o amor pela primeira vez.
Estava muito feliz, porém comecei a ter sintomas de depressão, síndrome do pânico, medo de morrer por qualquer besteira e etc. Foi nesse período que comecei a sentir o peso da vida sobre os meus ombros. Descobri que tinha um problema espiritual. Descobri que era médium. Depois, com o passar do tempo, fui lendo e entendendo mais o assunto, a religião e vi que a maioria dos casos de depressão tem a ver com problemas espirituais. Deparei-me com uma situação nova. Era tudo diferente. E minha vida mudou muito. Pra melhor. Demorei um tempo pra restabelecer o meu equilíbrio. Não que o espiritismo (digamos assim de uma forma genérica, porque sou umbandista) vá resolver todos os seus problemas, mas se você se esforça, propaga o bem, procura entender o que se passa, se aprofunda no assunto, mantém a sua fé em dia, em qualquer religião você consegue obter a ajuda necessária. Cada lugar tem a sua doutrina religiosa, o seu formalismo, mas a fé depende de você. Se você a tem, as barreiras tornam-se transponíveis.
Como a vida não é fácil e simples, eu perdi o meu emprego (por opção minha eu quis sair, pois estava passando por um momento delicado, de desequilíbrio, que era o problema espiritual, que realmente existiu), perdi a namorada que eu amava muito e que acompanhou um pouco desse processo ruim pelo qual passei e saí da faculdade de Direito, porque havia saído do emprego. Afastei-me dos meus amigos e me isolei. Parei com o futebol e com academia. Consegui, enfim, melhorar depois de um tempo. Espiritualmente eu estava no equilíbrio. Passados dois anos tive uma nova crise, onde eu me via numa situação totalmente diferente da anterior, bem pior. Minha cabeça estava a mil por hora. Meus pensamentos muito desorganizados e eu vivia com um olhar perdido em meio à crise pela qual me encontrava. Eram pensamentos que vinham à minha mente sem eu querer, indesejáveis, que me incomodavam e me desconcentravam. Foi aí que minha mãe preocupada foi comigo ao centro onde frequento e foi apontado que era um problema físico agora. É, eu tinha que me cuidar. Cuidar da mente.
Fui a uma psicóloga e a um psiquiatra, que diagnosticaram a minha doença, esquizofrenia. Minha mãe sentiu um baque de cara, porque para a mãe ou pai ou a pessoa que sempre cuidou de você, há uma não aceitação. Eu cheguei a tomar remédio duas vezes, mas eu ficava improdutivo durante uma boa parte do dia. Minha mãe jogou o remédio fora. E a minha crise que já não estava fácil, piorou. Voltamos ao psiquiatra e ele receitou três medicações. Fui sendo acompanhado pelos dois e fui readquirindo o meu equilíbrio.
Consegui arranjar um emprego perto de casa, no Méier. Fiquei lá por um ano e saí para um melhor, onde fui promovido ainda no período de experiência. Coisa difícil de se ver hoje em dia. Só que eu fui percebendo, depois de um bom tempo, que o remédio não estava surtindo mais aquele efeito do equilíbrio e eu voltei a ter alguns pensamentos desorganizados.
Mudei de médico e de remédio, dessa vez um de segunda geração (antes só tinha usado os mais antigos). Em menos de um mês arranjei um trabalho, um empregão melhor dizendo, numa multinacional, onde eu tive que passar por um processo seletivo bem complexo com entrevista em inglês e português e duas redações (uma em inglês e a outra em português). Mas passei. Na fé que eu tive.
Hoje eu uso dois medicamentos: o Saphris e o Rivotril. Com esses dois remédios eu tenho todo o equilíbrio que preciso pra me manter firme na jornada, porque o meu objetivo mais breve é passar num concurso público que eu já estou estudando. Depois que me formar em Direito, tenho que fazer doutorado para ser Delegado da Polícia Federal. E vou ser. Como falei, só para vocês perceberem, consegui resgatar um trabalho novo, muito bom, que é na minha área (Direito, mais precisamente Direito Internacional – trabalho com vistos e passaportes de estrangeiros que vem trabalhar no Brasil e precisam regular sua permanência ou seu período de transitoriedade no país), faço faculdade de Direito (estou no 3º período), consegui resgatar também as amizades que eu havia deixado de lado e novas pessoas surgiram, às quais eu contei sobre o meu problema (mas não façam isso para qualquer pessoa, porque ainda há muito preconceito).
Conheci uma mulher especial, que sabe da minha doença, que me ama, que cuida de mim, que me apoia, que tem orgulho de me ter ao lado dela, que é a minha fã número um, companheira de todas as horas (mesmo ela sendo mais nova que eu – 21 anos – ela tem cabeça super aberta e me entende, que é o mais importante, além de entender um pouco sobre a doença, já que eu expliquei sobre a regularidade de precisar tomar os remédios) e, também, quero ressaltar o principal: é você ter sempre o apoio de sua família, porque é a base de tudo.
Você que é pai ou mãe, esposa ou marido, filho, filha ou a pessoa mais próxima, tenha sempre paciência com quem tem o problema, mesmo sabendo que não é fácil. Sabemos que não é uma doença simples, porque ela age na mente, que é onde nós comandamos o corpo. Por isso, eu que hoje estou no equilíbrio, dou graças a Deus, ao meu médico, à minha família, aos amigos que sabem (que são pouquíssimos) e à espiritualidade que tenho. Sem eles na minha vida, me apoiando, me orientando e cuidando de mim, eu, provavelmente estaria pior. Por isso gente, apoiem quem estiver do seu lado. Sempre. A vida é feita de problemas, mas nós não precisamos complicá-la mais.
Nós podemos fazer um mundo melhor nos doando a essas pessoas que tem esse problema ou outro qualquer. O equilíbrio é possível. Às vezes demora, mas todos temos capacidade de superarmos, de termos uma vida normal como outro ser humano qualquer. Esse problema só existe se alimentarmos o monstro que nos assola. É só não darmos vazão aos pensamentos, tomarmos os medicamentos adequados, ir ao médico para ele ver como você está se sentindo e fazer a avaliação (a dosimetria do remédio), até chegarmos ao ponto de atingirmos a recuperação.
Eu acredito e tenho certeza que estou no caminho certo, fazendo o que é para ser feito. Eu percebi claramente que, com as doses do Saphris e do Rivotril, eu atingi o equilíbrio antes do que eu pensava. O Saphris é tão bom que eu fui percebendo algumas melhoras consideráveis, do tipo: eu usava roupas amarrotadas e sujas que eu já havia usado anteriormente (porque a doença gera um sintoma de desgosto, de desleixo). Hoje, se tiver amarrotada, eu passo, se tiver suja ou eu ou minha mãe lavamos…quanto aos pensamentos que tinha, hoje quase não os tenho mais. São raros e tem dias que eu nem tenho. E me percebi a tal ponto que, por etapas, vi que o Saphris foi “diluíndo-os” gradativamente na minha mente. Vi que primeiro diminuíram aqueles sintomas, como os da roupa, depois do ânimo pra vida, em seguida, o controle dos pensamentos…E o Rivotril eu tomo para contrabalançar o efeito colateral do Saphris, que gera ansiedade.
Eu e minha família (hoje somos eu, minha mãe e meu padrasto – minha avó faleceu em dezembro de 2011) somos muito gratos à ajuda que meu médico nos proporcionou e nos proporciona até hoje. E pretendo continuar me tratando até sempre rsrsrs. Por isso, você que acabou de ler esse depoimento, tenha fé, nunca deixe de tê-la. E faça também o acompanhamento médico, tomando as medicações e, principalmente, tendo o apoio da família. Tenho certeza que você conseguirá, assim como eu estou conseguindo. Abraços a todos, meus amigos.
Eu gostei muito de ler o texto, um texto que nos dá ânimo para continuar com a luta da doença.Uma lição de vida e percebe-se que com o tratamento psicológico e medicamentoso as pessoas com a doença conseguem ter uma vida como qualquer outra sem a doença. No meu caso ainda tenho altos e baixos em relação aos pensamentos negativos, e vejo que hj to aprendendo a controlar e ficar em paz com a minha pessoa. Estudo tb para concurso nivel ensino médio aqui sozinha em casa e com isso vejo poucas pessoas, mas é uma fase que irei superar e vencer. Gostei do depoimento, acredito que os pensamentos nos transformam por isso é necessário cuidar da mente. O autor assim como muitos outros que possuem a esquizofrenia como eu tbm, sabem o tanto que é difícil, principalmente, aceitá-la e depois ter uma vida normal. Mas é possivel e o texto nos demonstra claramente que é sim. Obrigada por dar o depoimento e qm sabe mudar a vida dando mais ânimo e boa vontade pra enfrentar a doença.
Olá Tiago,
Adorei o seu depoimento, fique certo que ele ajudará muitos pacientes e seus familiares, vc deu muita esperança! Mesmo diante dos altos e baixos é possível ter uma vida feliz.
Que Deus te dê muita força, e que vc seja muito feliz!
Grande abraço!
Ellen
Olá, Tiago, Parabéns, tenho uma filha da sua idade, que sofre desse transtorno também. Ela ainda não chegou onde você está. Mas o seu depoimento nos dá ânimo para seguir o próximo passo adiante. Sucesso meu filho.
A tua vida serve de exemplo á todos que tem esquizofrenia. Muitos médicos dão uma sentença ruim para o futuro do paciente com esquizofrenia, e aos poucos a gente vai conhecendo casos como o seu, e de outras pessoas aqui no site, quee mostram que, é possivel o equilibrio, e uma vida normal, com emprego, ou o que a pessoa com a doença quiser. dá pra dar mais esperança a quem tem a doença, existem pessoas que param a vida, e nem mesmo tentam buscar um emprego, ou uma qualidade de vida melhor, deixam de estudar. Sucesso pra vc, vc merece!
Parabéns Tiago! Graças a Deus! Seu exemplo é muito gratificante! Meu filho de 26 anos também esta esquizofrenia e esta sendo acompanhado pelo psquiatra e psicologo, contudo ele ainda nao aceita a doença e diz nao precisar de remedio, psicologo e psiquiatra. Mas tenho fé em Deus que ele vai melhorar e amadurecer e entender e aceitar a doença! E finalmente tratá-la de forma melhor na vida dele. Parabéns mais uma vez! Depoimentos como o seu nos faz acreditar! Também já adquiri o Livro : Entendendo a Esquizofrenia – dr. Leonardo Palmeira! Estou gostando muito! A linguagem é fácil de entender! Deus te abençoe! Eliane, mãe de Bruno Henrique.
Gente, obrigado pelos votos sinceros de sucesso e força. Aos pouqinhos a gente chega lá. Eu me coloco à disposição para qualquer tipo de dúvida ou conselho ou orientação sobre formas de ajudar a pessoa que tem esse mesmo problema. Não sou médico, mas unidos somos mais fortes. Agradeço pelo carinho. E lembrem-se sempre: você é maior que o problema!!! Abraços em todos!!!!
Meu lindo…é isso aí …muito legal o seu depoimento. Sabemos como a doença é bem complexa, mas o fato de você ter a coragem de falar sobre o assunto, dá ânimo e força para muitas pessoas que têm o problema. Isso já é uma grande superação. Lembre sempre de nossas conversas e nunca esqueça: você é guerreiro. Você com tranquilidade consegue chegar onde quiser ir…..Não desanime nunca. ….Cada dia, um dia…Paciência sempre…Acredite… Tudo vai dar certo. Amo muito você, um BEIJO cheio de alegria no seu coração…..sua mãe!
Minha mãe tem a doença, ela não aceita, não temos dinheiro para comprar a medicação caríssima, ainda tentamos, mas ela se negou a tomar, não quer voltar a psicoterapia, e sempre passa mal em dias de idas ao psiquiatra…
Atualmente, está difícil a convivência pois ela está agressiva, nos agride com palavras ou mesmo fisicamente, é um ódio e coisas horríveis que ela nos diz, uma confusão entre a perseguição, igreja, vizinhos e agora nós da família…
Eu não sei o que fazer, ela é muito autoritária, meu irmão já saiu de casa, meu pai já tem quase 70 anos e não está aguentando….
Eu não estou tendo paciência, me dói muito tudo isso, ela me liga se tiver no trabalho, no curso, se eu tiver dormindo em casa ela me acorda até gritando, fala coisas horriveis, estou enlouquecendo não aguento também….
Peço ajuda: michellecarvalhoa@yahoo.com
ola tiago tenho um filho de 29 anos e tem esse problema mas esta controlado com medicamentos parabens pelo depoimento e muito obrigada por compartilhar um pouco com quem tem a donça meu filho toma 4 comprimidos de manha e tarde rezo todos os dias pela cura da esquisofrenia porque quanta demora apesar do esforços dos cientistas peço a deus que a cura estja proxima se seus quizer um abraço que deus olhe por todos
Michelle Araujo, não consegui mandar o e-mail para tentar te ajudar. Confirme pra mim o seu e-mail ou me passe outro, porque tentei enviar duas vezes o e-mail pra você e não consegui.
Muito bom mesmo! Fiquei feliz em ver um relato desses.
Ola Tiago, que bom ler o seu depoimento. Quero ajudar uma pessoa muito querida que está em tratamento para esquizofrenia mais não estou sabendo o que fazer, porisso, com o seu depoimento, sei que vou conseguir se Deus quizer. Boa sorte e que você e sua familia sejam muito felizes.
gostaria de ser add no meu email. pois tenho uma filha com esse problema e sofro muito com isso. se alguem puder me add por favor. rosemeredelgado@yahoo.com.br obrigada
Olá Tiago, gostaria de trocar um e-mail com vc. Pois tb tenho esquizofrenia e pretendo prestar concursp. Vc pode enviar um e-mail para mim? sempre_dia@yahoo.com.br
Gostaria de saber como vc faz para estudar, pois minha atenção foi embora. Vejo algumas dicas e tento aplicar, mas realmente está difícil.
Se puder, entre em contato!
Um abraço
Fi ótimo ver seu ânimo e disposição, nos incentiva também!
Olá Tiago, tudotem? Tenho 26 anos e há dois desenvolvi um surto psicótico. Ultimamente noto que estou muito abalada com isso. Como vc consegue ter tanta disposição? Também estudo para concursos. Queria conversar melhor com vc. Pode me enviar um e-mail? sempre_dia@yahoo.com.br
Obrigada
Muito interessante seu discurso Tiago, tenho certeza que quem mais teve oportunidades nessa vida é quem mais se senti contrariado, porque as vezes as percas e danos parecem irreversíveis e você ao invés de chorar e se cobrar pelo que perdeu tenta encarar seu problema de frente.A forma com que você encara o seu problema faz ele parecer considerável e a sua altura, chaga mais a ser mais um dos desafios que tinha quando era adolescente do que um problema que o acompanhará a vida toda.As pessoas as vezes por não dinamizarem as formas de como reagirem a doença se sentem desestimuladas como se a única solução para o mal que as acomete fosse a cura.Sei que a Esquizofrenia é uma doença aparentemente “incapacitante”, a depender de perfis como os seus não, que nos coloca numa posição retrograda ao passo que a sociedade ao nosso redor evolui a cada instante e o bom seria é que ela não se desenvolvesse no final da adolescência quando mal adentramos no mercado de trabalho.Enfrentar a esquizofrenia sem uma profissão ou sem condições e aptidões para o mercado de trabalho faz a mentalidade da pessoa parecer mais pobre do que a enfermidade já deixa.Lutar como você fez, encarando a doença como um estágio digamos “espiritual”, que faz menção a um estágio que pode ser ora turbulento ou ora de paz nos dá a ideia que quem faz a doença parecer um problema somos nos.Sei que sou um caso excepcional no caso dessa doença porque assim como você soube preparar meu “espirito” para a vida.Se recebemos uma carga maior aos que já estão pre-dispostos nos deixando em desvantagem que trabalhemos o espirito para pelo menos vencermos nossos próprios desafios por isso que o fato de você sair do trabalho não afeta a forma como lhe encaramos,já que a sociedade espera de nós essa aptidão.Sei que para tanto sua família deve ter ajudado muito.Sei que muito do meu restabelecimento devo ao que sou, ao meu temperamento, mas sei que como o que foi dado a você podemos motivar pessoas que não nasceram com ele a se descobrir mais a vontade diante dessa doença como nós.Tudo porque temos fé que podemos vencê-la, com ajuda dos médicos é claro.
E com o tempo, a vida segui seu curso.Sua vida é prova de empenho e entusiasmo.Não é porque temos uma doença que nos incapacite que vamos nos sentir incapacitados,isso pode ser relativo.Quanto mais lemos e mais nos informamos ( quando o bom seria que estivéssemos trilhando o caminho e não sentados buscando uma cura completa,já que no momento a nível de medicina não há) podemos ter referencia que a vida só não reage bem quando estamos em desequilíbrio mas quando recobramos o controle de si, boa parte daquilo que formava a nossa personalidade, caráter e competências antes da enfermidade se volta para nós.Muito subestimasse uma pessoa passar num curso difícil como o de direito ou num concurso com as limitações que temos mas se pessoas como o Tiago conseguiram porque não tentar trilhar o mesmo caminho, ou um tão excelente quanto?Acredito eu que “toda tua historia e cada minuto só dependem de você e chorar porque as pessoas não lhe compreendem ou pelo que parece ter sido perdido,ai retifico ao que disse do Tiago,não contribui muito.Contudo lutar com mecanismos faz toda a diferença.Existe uma grande duvida a ser sanada que é a da incapacitação, e ai acredito sim ser viável a informação. Nesse caso é meio passo para a “solução” de metade dos seus problemas.Quando não tomamos a medicação estamos em constante estágio de desiquilíbrio de ideias e provavelmente o corpo e a mente não estarão bem dispostos para as atividades que “temos” que desempenhar.Ao passo que vamos controlando nosso sistema mental o corpo vai também se equilibrando e não é difícil dizer que você encontrará paz para enfrentar melhor os desafios que se apresentarem na sua vida.Foi assim comigo e creio que assim o foi com o Tiago.Eu, ele e outros desse site chegamos ao superior, ainda temos anseios, duvidas mas o conhecimento de sí e da enfermidade nos posiciona menos “ansiosos” para a vida.É fato que quando você consegue passar num curso todo mundo se sente predisposto mas quando não vivemos frustrados,se considerarmos que isso acontece com meio mundo de pessoas não podemos “nós”, os esquizofrênicos, nos considerarmos um povo a parte.Dimensionar o problema é isso, é saber se é difícil porque você é doente ou porque não esta tomando “remédios”,e por isso não se sente ativo, ou porque é difícil pra todo mundo.Quando vamos a aulas de palestras motivacionais e nos sentamos com os coordenadores, eu também sou um agente motivacional na sociedade que faço parte,vemos que metade das pessoas que alcançaram qualificações no mercado de trabalho, superior ou cargos dificílimos para a compreensão dos médicos não é a “inteligencia” mas o posicionamento diante dos problemas da vida.E aqui reafirmo, inteligência porque ela é importante tanto porque para os outros competidores ela é um diferencial e tanto porque nós embora preparados nos sentimos afetados nesse quesito pela enfermidade.Então, como nos posicionarmos na vida quanto aos sentimentos? Como desprovidos socialmente de aptidões viáveis ou como “profissionais”, CAMPEÕES, que trilham o caminho vencendo as dificuldades tendo força de esmiuçar os problemas.As pessoas me dizem que eu parei na adolescência não porque fui acometido no final da adolescência mas porque motivo até aqueles que estão predispostos mas que se sentem desfocados. O mundo pode se angustiante pra qualquer um mas a forma com que enxergamos nossos problemas, ou melhor, desafios, faz toda diferença.
Olá parabéns vc é um vencedor, hje meu esposo(28 anos) deu entrada numa clínica de repouso, já foi internado outras vezes mas ele já foi usuário de drogas, que por sinal deixou conseguÊncias pro resto das nossas vidas, o diagnóstico q deram foi esquizofrenia, só q o problema é q ele n aceita a medicação n quer tomar de jeito nenhum……ele n faz mas uso de nenhuma droga há quase 2 anos….. tá lá internado tô pedindo a Deus q ele aceite o tratamento pq eu o amo muito lutei e luto por nós 2…… me parte o coração qdo vejo ele em surto nossa ;(
Enfim vou pedi a Deus para q ele aceite o tratamento….. Fica com Deus!!!!
Tiago, vc viu? Abriu o concurso da Policia Federal! Aproveita a oportunidade! Agarra tua hora! Um abraço
Rosemere, mandei um e-mail pra ti, respondendo a sua solicitação de ajuda!
Abraços!
Sempre dia, mandei um e-mail pra ti, respondendo a sua solicitação de ajuda!
Abraços!
Meu namorado tem esquizofrenia, namoramos há 1 ano e 4 meses e já vi duas crises dele, pois na primeira ele largou os remédios com 4 meses e voltou a beber e a ultima crise foi em Março, pois eu amo demais e não tenho coragem de deixa-lo, nessa crise meus pais presenciaram e foi muito terrível, hoje ele está na faculdade, trabalhando e graças a Deus está bem… acredito que sou como sua namorada Tiago dedicada demais… é muito dificil mas com paciencia as coisas começam a andar.
AnLima, um dos “remédios” é a compreensão e paciência dos familiares e das pessoas mais próximas, como você faz, em sempre querer ajudar e apoiar. Isso estimula a pessoa a melhorar, despertando nela a reserva de força que ela precisa para tentar e conseguir manter o equilíbrio. É uma doença complexa, mas com a ajuda das pessoas próximas e com a determinação e disciplina do paciente, os resultados que aparecem são notórios e consideráveis. Você sendo dedicada, com certeza é uma luz no caminho do seu namorado. Parabéns! Nunca perca a fé! Abraços!
Deus abençoa a todos os esquizofrênicos!
Tiago, parabéns pelo esforço e incentivo!!! Tenho um aluno de escola pública no interior de Minas muito agressivo q foi diagnosticado como esquizofrenico, ele tem muita dificuldade e gostaria muito de ajudá-lo…porém as barreiras infelizmente são muitas…
Parabéns Tiago pelo texto e exemplo!!!! O equilíbrio é possível!!!! sou mãe de um rapaz carioca também de 26 anos que é esquizofrênico e até chamei ele para ler o seu depoimento!!!! tenho certeza que você está ajudando muitos com sua experiência!
Olá Tiago! Parabéns pela força de vontade! Muito linda sua história! Minha mãe foi diagnosticada esquizofrenica há 4 anos. Imagino ser caso raro o dela, pois descobriu a doença na maioridade, aos 50 anos. É muito difícil, como filha, aceitar essa doença. Minha mãe sempre foi uma pessoa muito alegre, disposta, sacudida, trabalhadora. Assim como vc, eu ficava com a minha avó enquanto minha mãe trabalhava. Ela me criou sozinha, praticamente. Sempre alto-astral, supervaidosa, casou-se, se mudou para outro país e de repente, as coisas mudaram. Acho que a distancia fez com que ela adoecesse. Começou a ouvir vozes, enxergar coisas que não existiam, tinha mania de perseguição, achava que estava sendo vigiada o tempo topo por cameras e chips. Que eu saiba, foi apenas 1 crise. E hoje, graças a Deus, está tudo sob-controle. Ela faz o tratamento há 4 anos. Toma quetiapina, risperidona e desvenlafaxina. Mas não tem mais aquele ânimo de antes, nem disposição. Conversa com as pessoas, mas fala pouco. Quase não esboça emoções/sentimentos. Vez ou outra dá uma risadinha gostosa. Em geral são só sorrisos tímidos, bem diferentes de antigamente. É uma mudança comportalmental absurda! Parece outra pessoa. Não dirige mais, morre de medo pois acha que não sabe mais os caminhos (que fez a vida toda). Não confia em si. Não é agressiva, nem nada. Muito pelo contrário! Totalmente passiva.. aceita tudo, não fala nada. Nem se for provocada! Gostaria de saber como eu poderia ajudá-la. Como disse, ela mora em outro país… gostaria de saber como poderia ajudar à distancia. Nos falamos diariamente ao fone. Meu padrasto é uma pessoa superlegal, esclarecido.. mas não aceita tbém a doença.. acha que é corpo mole e encara como se fosse uma simples depressãozinha. Já pensei em oferecer um livro de ajuda, do p?oprio Dr. Leonardo, mas isso seria praticamente arranjar uma briga. Gostaria muito mesmo de saber como lidar melhor com essa situação. Um abraço. Quem quiser, pode me contatar: camilamouradias@gmail.com
Olá Tiago!!!
O seu depoimento está me dando muita força, meu marido está com os principais sintomas de uma pessoa com esquizofrenia, uma psicologa está nos auxiliando na consulta com psiquiatra e também em como devemos agir com ele já que está convicto dos seus pensamentos, peço a Deus muita força e paciência para travar uma dura batalha que está por vir, mas não me dou por vencida pois sou Esposa e Amiga não vou abandona-lo, sei que vai precisar de todo nosso amor familiar, Só gostaria de agradecer a vc por compartilhar conosco sua vida e regar mais a nossa força e esperança para seguirmos em frente.
Meu irmao e portador e nosso caso e grave,triste,complicado,pois meu irmao qdo esta em crise e agressivo.
Gostaria de manter contato, por favor se ler aqui me retorna no email…obrigada.
Meu email socorroaraujo@bol.com.br por favor Tiago se puder entre em contato.
E quanto a avaliação psicologica no concurso da policia federal? correra tudo bem a despeito da doença.
eu estou me preparando para concurso na area policial. Fui aprovado na primeira fase de um.
E quanto a avaliação psicologica no concurso da policia federal? correra tudo bem a despeito da doença?.
eu estou me preparando para concurso na area policial. Fui aprovado na primeira fase de um.