Este ano o evento de encerramento do Programa Entrelaços debateu a construção de redes de apoio social para as pessoas que convivem com transtornos mentais severos, como a esquizofrenia, iniciativas que se tornaram um elemento central e aglutinador do processo de recuperação em saúde mental, da defesa dos direitos dos usuários e de seus familiares e do apoio mútuo com a possibilidade de formação de novos laços sociais que fortalecem vínculos e ampliam horizontes.

A segunda parte do encontro debate experiências de construção de redes de apoio que deram certo e unem pares em torno do mesmo propósito.

Margarete Brito conta sua luta para trazer o canabidiol, composto da maconha que trata a convulsão de sua filha, até conseguir fundar a APEPI e regulamentar o uso da substância junto a ANVISA, beneficiando milhares de pacientes.


Rosane Nagib, que participou do Programa Entrelaços em 2015, fala de suas duas visitas a Fountain House, em Nova Iorque, casa idealizada para ser um espaço de apoio e integração entre pares que passam pela experiência da doença mental e se recuperam através do trabalho, das artes e de outras iniciativas sociais que ocorrem dentro da casa, criada e coordenada por eles.


Eduardo Vasconcellos nos conta a história dos movimentos de associações e de pares em saúde mental no Brasil, da qual é testemunha e também protagonista com a criação do Projeto Transversões, que cria grupo de pares em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).


O evento deste ano foi abrilhantado pelo Sarau Entrelaços, grupo de músicos que se reuniu para ensaiar um pequeno concerto exclusivamente para o evento. Eles se reuniram durante algumas semanas no Centro Municipal de Saúde em Botafogo, onde também acontece o Grupo Construindo Horizontes.


Esperamos que o vídeo estimule as pessoas que convivem com o transtorno mental a se unirem e a juntarem as forças, reivindicando seus direitos, apoiando-se mutuamente, lutando contra o estigma e a favor da recuperação e da cidadania.

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